Países suspendem as vacinas da AstraZeneca devido ao medo de coágulos sanguíneos

Vacina AstraZeneneca no Instituto de Doenças Infecciosas de Bamrasnaradura, na província de Nonthaburi, nos arredores de Bangkok. Chaiwat Subprasom | Imagens SOPA |

 

Na sexta-feira, a Tailândia se tornou o primeiro país asiático a interromper de imediato o uso da vacina por questões de segurança, logo depois que a Dinamarca anunciou uma pausa de duas semanas em seu lançamento nacional após relatos de coágulos sanguíneos e uma morte.

 

A agência reguladora de medicamentos da Europa, a Agência Europeia de Medicamentos, enfatizou na quinta-feira (11) que não havia indicação de que a vacina estava causando coágulos sanguíneos, acrescentando que acredita que os benefícios da vacina “continuam a superar seus riscos”.

 

A AstraZeneca se pronunciou  que a vacina foi estudada extensivamente durante os testes de Fase 3 e dados revisados ​​por pares confirmam que a injeção é “geralmente bem tolerada”.

 

Sete outros países também suspenderam o uso da injeção Oxford-AstraZeneca: Noruega, Islândia, Bulgária, Luxemburgo, Estônia, Lituânia e Letônia. A Áustria e a Itália, por sua vez, disseram que vão parar de usar certos lotes da vacina como medida de precaução.

 

Até quarta-feira, cerca de 5 milhões de pessoas na Europa haviam recebido a vacina Oxford-AstraZeneca. Destas  30 casos dos chamados “eventos tromboembólicos” foram relatados. Estes casos referem-se à formação de coágulos sanguíneos nos vasos sanguíneos e ao bloqueio do fluxo sanguíneo.

 

O ministério da saúde da Tailândia confirmou na sexta-feira que adiaria temporariamente o uso da vacina Oxford-AstraZeneca, supostamente descrevendo a vacina como uma “boa vacina”, mas que deseja suspender para investigações de sua segurança.

 

É preciso realmente investigar, mas, dentro desta amostragem de 5 milhões de benefícios contra 30 casos de ocorrências adversas, das quais uma possível dose de anticoagulante para os pacientes mais propensos aos “eventos tromboembólicos,” nesta guerra pandêmica do novo Coronavírus os benefícios são indiscutivelmentes superiores, afirma o enfermeiro Ivan Rodrigues.

* O enfermeiro Ivan esteve em Manaus-AM a convite do Ministério da Saúde no combate a pandemia do novo Coronavírus por 6 meses.