Um homem de 46 anos morreu na última quinta-feira (2) em decorrência de intoxicação por metanol, segundo confirmou a Prefeitura de São Paulo neste sábado (4). Essa é a segunda morte registrada na capital relacionada ao consumo de bebidas adulteradas em menos de um mês.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a vítima começou a apresentar sintomas no fim de setembro e chegou a ser internada no Hospital Municipal Dr. Carmino Caricchio, no Tatuapé, zona leste, mas não resistiu.
O primeiro caso ocorreu no dia 15 de setembro, quando um homem de 54 anos, atendido em uma unidade particular, também perdeu a vida após ingerir bebida contaminada.
Vigilância intensifica ações
Com o aumento dos registros, a Vigilância Sanitária vem reforçando as operações de fiscalização em bares e comércios da cidade. Na sexta-feira (3), dois estabelecimentos foram vistoriados: um na Cidade Dutra, que acabou interditado, e outro no Jardim São Luiz, onde apenas a venda de bebidas alcoólicas foi suspensa.
Riscos do álcool metílico
O metanol, conhecido como álcool metílico, é um produto químico usado na indústria de combustíveis, tintas e solventes. Apesar de incolor e com odor semelhante ao do álcool comum, seu consumo em quantidade superior ao limite permitido pela legislação pode provocar sérias complicações, como cegueira e morte.
A norma do Ministério da Agricultura estabelece que, em destilados, a concentração não deve ultrapassar 20 miligramas por 100 mililitros — o equivalente a algumas gotas.
Casos em análise
Até agora, a cidade contabiliza 52 notificações de suspeita de intoxicação por metanol, das quais 11 foram confirmadas. No estado de São Paulo, há seis mortes ligadas ao consumo da substância em investigação, além de uma já confirmada.
Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde acompanha sete óbitos que ainda passam por análise para verificar possível relação com a ingestão de bebidas adulteradas.
Da redação Estrutural On-line