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Brasília, arte e democracia

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Na noite da última terça-feira (22), o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), na Asa Norte, se transformou em palco para a celebração da história, da arte e da democracia brasileira.

O evento marcou o lançamento do livro Brasília, a arte da democracia, obra que homenageia os 65 anos da capital federal com uma leitura sensível e inédita sobre o papel da cidade no processo democrático do país.

A cerimônia de lançamento também contou com a presença de figuras do meio político, cultural e empresarial da capital, incluindo o arquiteto Paulo Niemeyer, neto de Oscar Niemeyer, cuja obra segue viva nos traços e no espírito modernista de Brasília.

O governador Ibaneis Rocha participou do evento e, em seu discurso, reforçou a importância de valorizar a democracia em tempos onde a memória e os princípios democráticos precisam ser permanentemente lembrados — especialmente para as novas gerações.

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

“Essa obra certamente vem para fortalecer os laços. Nós não podemos esquecer que o Brasil passou por um longo período de ditadura. Agora, a gente vive o maior período de estabilidade democrática no nosso país, mas isso precisa ser ressaltado a todo o momento até para que os mais jovens, que não vivenciaram esse período tão obscuro do nosso passado, tenham consciência do valor da democracia”, afirmou o chefe do Executivo.

Durante sua fala, Ibaneis também revelou um novo projeto em amadurecimento: a criação de um Museu da Democracia em Brasília, reforçando a proposta de tornar a capital não apenas símbolo político, mas também espaço de memória ativa e reflexão sobre os caminhos do país.

Sobre a obra

Organizado pelo crítico de arte Paulo Herkenhoff, em parceria entre o IDP e a FGV Arte, o livro propõe uma leitura artística e histórica sobre Brasília, mesclando textos de especialistas em artes visuais, arquitetura, história e política, com imagens de obras e fotografias que ajudam a narrar a trajetória da cidade. Não se trata apenas de um registro institucional, mas de um trabalho que toca o simbólico e o afetivo.

Governador Ibaneis Rocha cumprimenta Paulo Herkenhoff, organizador do livro Brasília, a arte da democracia | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

A narrativa da obra se estrutura a partir de dois focos femininos: Brasília, personificada como cidade feminina, e a escritora Vera Brant — uma das fundadoras da Universidade de Brasília (UnB), ao lado de Darcy Ribeiro, e confidente de Juscelino Kubitschek, com quem compartilhava raízes em Diamantina (MG). É a partir desse olhar delicado, mas firme, que a história da capital ganha contornos mais humanos, íntimos e sensíveis.

A publicação também presta homenagem a nomes icônicos da construção da capital e da democracia brasileira, como Juscelino Kubitschek, Oscar Niemeyer, Athos Bulcão e Darcy Ribeiro — personalidades que ajudaram a transformar o sonho de uma nova capital em um marco cultural, político e social do Brasil contemporâneo.

Brasília  espelho da democracia

Mais do que uma homenagem aos 65 anos da cidade, Brasília, a arte da democracia lança luz sobre a importância da capital como espaço simbólico da democracia brasileira. Em tempos de polarização e incertezas, revisitar a história e valorizar os pilares democráticos é uma forma de fortalecer o presente e preparar o futuro.

A proposta do livro  e do próprio evento  foi  de  lembrar que Brasília não é apenas um centro administrativo. É também um espaço de criação, resistência e transformação. E, como tal, precisa continuar sendo valorizado, debatido e defendido.

 

O post Brasília, arte e democracia apareceu primeiro em Midia Alernativa.

Fonte: Mídia Alternativa

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