Em meio à intensificação do conflito entre Israel e Irã, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um apelo urgente nesta segunda-feira para que civis deixem a capital iraniana, Teerã. A declaração, publicada em sua rede Truth Social, reforça sua posição histórica contra a possibilidade de o Irã desenvolver armamento nuclear.
“Deixei claro várias vezes: o Irã não pode ter uma arma nuclear”, escreveu Trump. “Todos devem evacuar Teerã imediatamente!”
O posicionamento do ex-presidente ocorre logo após o ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, solicitar publicamente que Washington intervenha para frear os ataques israelenses. Em publicação feita na rede X (antigo Twitter), o diplomata argumentou que uma simples ligação de Trump à liderança israelense poderia resultar em cessar-fogo imediato, abrindo espaço para avanços nas negociações nucleares.
Araghchi afirmou que Teerã está disposto a rever suas posições caso haja trégua e criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a quem chamou de “criminoso de guerra”. Para o chanceler, os bombardeios visam sabotar potenciais acordos entre os EUA e o Irã. O governo iraniano também intensificou contatos diplomáticos com nações como Catar, Arábia Saudita e Omã, buscando apoio regional para pressionar os EUA por um cessar-fogo.
Tensão cresce com movimentação militar dos EUA
Enquanto as tensões diplomáticas aumentam, os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no Oriente Médio. O porta-aviões USS Nimitz, de propulsão nuclear, foi deslocado do Mar do Sul da China e está a caminho da região, cancelando uma parada previamente agendada no Vietnã, de acordo com dados do Marine Traffic.
Com esse movimento, duas embarcações nucleares americanas estarão operando no Oriente Médio – o USS Harry S. Truman já está na área desde o mês passado. Além disso, mais de 30 aeronaves-tanque da Força Aérea dos EUA partiram em direção ao Atlântico em uma operação que pode estar relacionada a exercícios conjuntos da OTAN na Europa.
Apesar da escalada militar, o Departamento de Estado norte-americano negou envolvimento direto nos ataques de Israel ao Irã. Autoridades reiteraram que o apoio a Tel Aviv é estritamente em termos de defesa, sem ações ofensivas coordenadas.
A situação permanece volátil, com temores crescentes de um confronto regional de larga escala, enquanto líderes mundiais tentam conter a espiral de violência diplomática e militar.
Da redação Estrutural On-line