Sinal Vermelho: O X, em defesa das mulheres que sofrem violência, por Fernando Fernandes

Fernando Fernandes2

Da redação do conectadoaopoder.com.br

Delegado e deputado distrital contou, no programa Conectado ao Poder, sobre o aumento da violência doméstica, na pandemia da covid-19

A violência doméstica no Brasil é, inacreditavelmente, uma situação alarmante, trazendo tristezas para muitas famílias. É estipulada legalmente no Artigo 5.º da Lei 11.340, como “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. Mas, mesmo com essa definição em artigo e havendo a Lei Maria da Penha e ações para proteger as mulheres, é algo ainda comum de se ver.

Com a pandemia da Covid-19, momento em que muitas perdas ocorreram, a reflexão sobre o que de fato importa na vida ficou em evidência, talvez pelo fato da distância que nos obrigaram a manter entre familiares e amigos. Na utopia da vida, diante de toda a situação vivida, as relações harmônicas deveriam prevalecer, mas o convívio diário entre pais e filhos, esposas e maridos ou namorados, gerou grandes discussões, levando ao aumento da violência doméstica, como conta o delegado e deputado distrital Fernando Fernandes, ao programa Conectado ao Poder.

“Aumentaram e bastante. O que esperávamos com a pandemia, era que os casais ficassem juntos durante mais tempo, fossem se harmonizando, se entenderem e namorar mais. Pura ilusão, o que aconteceu foi justamente o contrário.”

A elevação da violência, se mostrando o contrário do esperado, fez com que o parlamentar apresentasse, em outubro de 2020, um Projeto de Lei (PL), do Sinal Vermelho, que, como consequência, virou lei, para que mulheres que passam por agressão se sintam amparadas.

“Pura ilusão, o que aconteceu foi justamente o contrário, o que nos proporcionou projeto de lei e virou Lei, do sinal vermelho, onde a mulher nesse período de pandemia muitas vezes iam na farmácia e no supermercado e o companheiro agressor acompanhava e ela era impedida de falar alguma coisa, nós criamos um projeto que ela fazia um sinal na mão com um X, ou no mercado e farmácia ela dizia: Sinal Vermelho, de forma discreta e o atendente já fazia o contato com a polícia para dar aquele atendimento prioritário naquela situação”, explica Fernando Fernandes.