A luta das mulheres no processo político e o reconhecimento da deputada distrital Jaqueline Silva

Jaqueline Silva2

Da redação

Em entrevista ao programa Conectado ao Poder, a deputada pontuou que é a primeira presidente da CCJ na CLDF

A luta pela participação feminina em meio a política é, de certo modo, ainda muito recente, pois a conquista pelo voto feminino completou, no dia 24 de fevereiro, 89 anos. No entanto, o resultado dessa batalha começou a aparecer no ano de 1927, quando mulheres do Rio Grande do Norte (RN) conquistaram o direito ao voto. Com isso, no ano seguinte, em 1928, foi eleita Alzira Soriano, como a primeira prefeita do Brasil e da América Latina. No entanto, apenas em 1932, o voto feminino foi autorizado em todo país, mas com restrições.

Hoje, com toda essa luta, a força feminina compõe 53% do eleitorado, ainda assim há uma baixa representatividade na política. Na Câmara Federal, por exemplo, das 513 vagas, apenas 77 cadeiras são das mulheres.

A deputada distrital Jaqueline Silva entende a importância das mulheres no processo político e, ao ser entrevistada pelo programa Conectado ao Poder, falou sobre o trabalho realizado ao buscar mulheres para a política. “Nós incentivamos muito as mulheres a participarem. Estou como deputada e todas as vezes que vejo mulheres, a gente chama mesmo, convida, dizendo ‘vamos participar com a gente”, disse. 

No entanto, Jaqueline percebe que há uma certa dificuldade. “O que falta mesmo é disposição. Fácil não é. Posso dizer a vocês que, por diversas vezes, vou a eventos e reuniões e grande parte do público que tem lá é masculino, e isso é desafiador para algumas mulheres, mas não é impossível”, relatou.

A deputada lembrou, ainda, que é a primeira presidente da CCJ na CLDF. “Hoje sou a primeira presidente da comissão de constituição e justiça, então isso é a maior prova que nós mulheres podemos sim, não só estar nos parlamentos, mas estar em posições de destaque e nós precisamos acreditar em nós mesmas acima de tudo.”