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Medicina da morte | Saimon Gabriel Freitas de 6 anos morreu após ser atendido em razão do braço quebrado; mãe diz que foram aplicadas 4 anestesias

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E aí ele gritou por mim: ‘Mamãe, mamãe!’

Saimon tinha 6 anos quando morreu após receber anestesia em hospital de Manicoré — Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Saimon Gabriel Freitas Neri da Costa de 6 anos deu entrada vivo, no hospital Dr. Hamilton Cidade em Manaus, na quinta-feira (18), após sofrer um acidente de moto com o pai, que também foi internado. Na colisão, a Saimon fraturou o braço e foi levada para o hospitalar.

 

No sábado, ainda não tinha sido feito nenhum procedimento. A mãe Sandy Freitas contou que seu filho foi levado para a sala de procedimentos por volta das 21h30.

 

“Eu tinha ido pegar água para o meu marido, quando vi que eles levavam o meu filho na maca. E aí ele gritou por mim: ‘Mamãe, mamãe!‘. Eu pedi para ele se acalmar que era o procedimento para ajeitar o bracinho dele e que logo ele estaria de volta. Pedi para o médico deixar eu entrar na sala de procedimentos para acalmar meu filho e ele permitiu”, contou.

 

Segundo a mãe, o médico aplicou três anestesias no braço antes de enfaixar. Ao perceber que a criança continuava acordada e sentindo muita dor, o médico teria aplicado mais uma anestésico. Sandy que continuará na sala disse que começou a prestar atenção nos sinais vitais do filho.

“Vi o pezinho dele ficar branco, branco. Depois toquei no coração dele, senti ficando fraco e quando eu falei para o médico, ele verificou que a boca dele estava ficando roxa e aí começou a fazer uma massagem para tentar reanimá-lo”, disse aos prantos.

Em seguida, levaram a criança para outra sala do hospital onde, segundo a Sandy, ele foi intubado. Ela afirmou que não pôde entrar na sala e que a notícia do falecimento só foi dada por volta de 22h30. A criança foi enterrada dois dias depois.

“Meu filho era um menino alegre. Todo mundo o conhecia. Pode vir aqui e perguntar. As enfermeiras que o atenderam sempre o viam radiante, feliz, confiante que tudo ia dar certo”, desabafou. “Eu quero justiça pelo meu filho. Meu filho merece justiça”.

A mãe chegou a registrar Boletim de Ocorrência e vai ingressar com ação na Justiça.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Amazonas disse que entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Manicoré, responsável pela gestão do hospital, para apurar as circunstância do atendimento. A Secretaria da Saúde de Manicoré informou ao governo do estado que instaurou uma comissão para avaliar a conduta do médico. A Secretaria da Saúde do estado diz que vai acompanhar o processo.

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