Saúde alerta para vigilância e imunização contra febre amarela

Saúde alerta para vigilância e imunização contra febre amarela

O Ministério da Saúde emitiu um alerta pedindo que estados e municípios comuniquem casos suspeitos de Febre Amarela com a maior agilidade possível – sobretudo em áreas onde há transmissão ativa do vírus.

A medida foi tomada após o registro de dois novos casos da doença na região de divisa entre São Paulo e Minas Gerais. Conforme a pasta, a agilidade é importante para que futuros surtos no país sejam evitados e para que ações de resposta sejam prontamente executadas.

De acordo com a nota do Ministério, a doença é facilmente evitável por meio de vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todas as idades. No entanto, a cobertura vacinal contra a febre amarela no Brasil, entretanto, está abaixo do recomendado.

A febre amarela é classificada como endêmica apenas na região amazônica, mas, de tempos em tempos, o vírus reaparece em outras áreas.

“Surtos ocorrem quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão, como altas temperaturas, baixas coberturas vacinais e alta densidade de vetores e hospedeiros”, informou a pasta.

A partir de 2014, o vírus reemergiu na Região Centro-Oeste e se espalhou, nos anos seguintes, para as demais regiões do país. Entre 2014 e 2023, foram registrados 2.304 casos de febre amarela em humanos e 790 mortes pela doença.

Entre as recomendações estão o alerta para que equipes de vigilância e de imunização intensifiquem as ações nas áreas afetadas, com ampliação para municípios vizinhos; a notificação do adoecimento ou morte de macacos; e a atenção a sintomas de febre leve e moderada em pessoas não vacinadas.

A pasta recomenda ainda que seja utilizada a estratégia da busca ativa de pessoas não vacinadas nas regiões de ocorrência de casos. Na última sexta-feira, 150 mil doses extras da vacina contra febre amarela foram disponibilizadas ao estado de São Paulo.