O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colecionou uma derrota na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (25), com a aprovação de uma proposta que derruba três decretos presidenciais que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida foi aprovada pela maioria, com 383 votos a favor da derrubada e apenas 98 pela manutenção dos decretos. O texto seguiu rapidamente para o Senado, onde também foi aprovado.
A decisão representa um fracasso para a política econômica do governo Lula, que buscava, através do aumento do IOF, equilibrar as contas públicas e, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, corrigir uma “injustiça” ao combater a evasão de impostos dos mais ricos. Em sua conta na rede social X, Haddad defendeu que a medida visava garantir os direitos sociais dos trabalhadores. “O decreto do IOF corrige uma injustiça: combate a evasão de impostos dos mais ricos para equilibrar as contas públicas e garantir os direitos sociais dos trabalhadores,” disse.
O decreto do IOF corrige uma injustiça: combate a evasão de impostos dos mais ricos para equilibrar as contas públicas e garantir os direitos sociais dos trabalhadores.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) June 25, 2025
Por outro lado, a oposição celebrou a derrubada dos decretos. O autor da proposta, deputado Zucco, argumentou que o problema do país não é a falta de receita, mas sim a má gestão do governo. “Por que o governo não corta gastos, não traz uma reforma estruturante?”, questionou Zucco, indicando que a solução para a crise fiscal deveria vir de um controle mais rigoroso das despesas.
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O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), disse que a queda dos decretos resultará em um contingenciamento de R$ 12 bilhões. Ele alertou que esse corte poderá levar à interrupção de programas sociais e a reduções significativas nas áreas da saúde e da educação, gerando um impacto negativo direto na população.
A derrota na Câmara expõe as dificuldades do governo em obter apoio para suas propostas econômicas no Congresso Nacional e sinaliza um cenário de embates futuros na busca por estabilidade fiscal.3
Fonte: Portal 84 Notícias
