O mestre do disfarce

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Por Fred Lima

Lula governou em um céu límpido, sem nuvens, somente com ventos favoráveis vindos da Europa, da Ásia, do Oriente e da América do Norte. Em vez de reformar o navio chamado Brasil durante esse hiato de crise (2003-2008), ele preferiu criar um céu artificial em meio à tempestade, quando eclodiu a crise norte-americana, por dois motivos: deixar a presidência com a popularidade alta e eleger a sua sucessora.

Ao tomar posse em 2011, Dilma, já pensando na eleição de 2014, deu continuidade ao céu artificial. Os ajustes cruéis que está promovendo agora poderiam ter sido mais amenos se fossem introduzidos em 2012, por exemplo. Mas, não. A reeleição era mais importante. Mesmo assim, no início de 2013, o céu começou a escurecer e a economia foi dando sinais de que não aguentaria mais sobreviver em uma miragem de consumo desenfreado e de gastos sociais. Veio a tempestade e devastou tudo.

A história de Lula, Dilma e do PT é intrigante. Eles levaram o país ao céu e ao inferno em 12 anos de governo. Ao fazer pacto com Jesus Cristo e com Judas, como Lula afirmava, se referindo aos pré-requisitos de quem quisesse governar o Brasil, ali ele começou a agir como o fariseu que entregaria o inocente à morte. A diferença é que Dilma não tem nada de inocente.  Foi sua ministra Chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. As principais decisões (econômicas ou não) passavam pelo crivo dela. Ambos são cúmplices.

Estamos assistindo a incrível história onde o criador vem matando lentamente a sua criatura, e ela, em troca, vem destruindo as “obras de arte” de seu inventor. Por trás das belas esculturas existiam rachaduras internas que ninguém conseguia notar.

Entre o céu artificial e esculturas esbeltas com trincas internas, constatamos que o PT é o mestre do disfarce. Só que o ditado popular diz que a mentira tem perna curta. Acho que está errado. No caso do PT durou 12 anos. Em outros casos, na história mundial, durou mais tempo ainda. Recorro a velha e famosa frase de Abraham Lincoln para explicar melhor tudo isso: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.”

Da Redação do Portal ABBP