Desenha-se um cenário diferente para a disputa política em 2018. Depois de anos de polarização entre PT x Roriz até a chegada do terceira via ao poder, através do atual governador Rodrigo Rollemberg, as próximas eleições prometem um formato diferente.

A esquerda tradicional naufragou na ineficiência administrativa. PT e PSB tiveram e estão tendo a oportunidade de governar, mas não conseguem acertar o passo. Os dois partidos fazem parte da esquerda tradicional. A velha esquerda.

A segunda passagem do PT pelo Governo do Distrito Federal mostrou que problemas internos do partido atrapalharam a administração. Soma-se a isso erros a escolha do primeiro escalão, a insegurança na tomada decisões e denúncias de mau uso do dinheiro público.

A derrocada do PT deu espaço a chegada do PSB ao Palácio do Buriti. Rollemberg copia modelos de administração do PT. Incorporou boa parte de assessores da gestão anterior. E, deu assim, continuidade ao governo Agnelo. Agnelo e Rollemberg também se assemelham-se na hora de decidir. E também no não cumprimento de acordos. Honrar a palavra é essencial para um governante.

Se continuar nessa toada, o PSB seguirá o destino do PT. Será o naufrágio da velha esquerda. Com tantas semelhanças, acabarão ficando iguais. Será uma pena. Uma geração que chegou ao poder, mas não soube o que fazer.

Rollemberg tem que evitar ser carimbado como Agnelo II. Falta muito pouco para isso acontecer, mas ainda é evitável.

O efeito da derrocada da velha esquerda é imediato. Na política não vácuos. Os vazios são ocupados rapidamente.

A nova esquerda se organiza. A Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, será uma das principais forças políticas em 2018. E assume o seu protagonismo já em 2015, com filiações de parlamentares e lideranças. A bancada na Câmara Legislativa, com três ou quatro deputados, vai fazer a diferença.

A Rede é a nova esquerda. Sem os vícios de partidos tradicionais. Sem stalinismo. Sem as armadilhas do Marxismo. Uma nova postura, sem os conchavos praticados pelos que estão ou que já chegaram ao poder.

No início de setembro a Rede Sustentabilidade deve ser formalizada. O parecer favorável da Procuradoria Geral Eleitoral já foi dado. É uma questão de tempo. Pouco tempo.

A derrocada da velha esquerda fez ressurgir a velha direita. Antigas lideranças se agrupam e iniciam conversas. O ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) sai na frente. Ele procura apoio e mantém uma agenda movimentada de reuniões.

Filippelli pode unir em seu projeto nomes que atuaram no rorizismo. E, ainda, ter o apoio do PT. E reforçar o PMDB, com Eliana Pedrosa, por exemplo. Será a união da velha direita com a velha esquerda. As duas principais correntes políticas antagônicas e anacrônica que tanto se enfrentaram no passado. As conversas estão acontecendo.

Outras forças políticas também já analisam cenários. PSD, do deputado Rogério Rosso e do vice Renato Santana; PDT, do senador José Antônio Reguffe, Cristóvam Buarque e Celina Leão; PSDB, dos deputados Raimundo Ribeiro e Izalci Lucas; e o DEM, do deputado Alberto Fraga. O PT ensaia lançar Chico Vigilante ao Senado.

Atualmente, todos são governistas, menos o DEM. O PT, apenas em parte. Mas ainda não sabem o que fazer daqui para frente. Uma recuperação do Buriti pode evitar um previsível isolamento de Rollemberg.

Da Redação do Portal ABBP