Brasília, seu povo e seus governadores

Buriti

BuritiPor Renata Poli

Em 1990, o Distrito Federal virou sua página política, deixando de ser subordinado ao presidente da República que indicava o Governador da capital do país, passando a ter autonomia e eleições diretas onde pela primeira vez na história teve um governador eleito.

O Jovem Joaquim Domingos Roriz, natural de Luziânia –Go, que ocupava o cargo de Governador por indicação do Presidente da República José Sarney, se candidatou mesmo sendo muito criticado por opositores, que julgavam sua candidatura como se fosse de reeleição, argumento este derrubando pelo TSE, fazendo com que Roriz se tornasse o primeiro governador eleito pelo Distrito Federal.

Roriz que com pulso firme  e objetivos traçados, assumiu o comando da capital do país por quatro vezes sendo uma por indicação e outras três eleito pelo voto popular, tendo em toda sua trajetória política recebido pesadas críticas por ser um visionário, sonhador trazendo a ideia de implantação do metrô e consolidação de vários obra que a décadas estavam abandonadas, como a ponte Costa e Silva concluída em sua gestão, construção de viadutos e criação de nove cidades e grandes obras sempre muito questionadas pelos opositores que, julgavam Roriz como um lunático, maluco que estaria fazendo obras faraônicas e que não seria uteis.

1994 – Foi eleito Cristovam Buarque que teve como principais bandeiras melhorias na educação e saúde tendo criado o programa Saúde em casa, também foi um dos idealizadores da campanha “Respeito à faixa de pedestre”, Gestão Democrática na Escola dentre outros projetos e programas desenvolvidos em sua gestão.

2006 – Brasília acreditou em uma nova proposta de gestão eficiente e capaz de melhorar ainda mais a qualidade de vida da população, dando continuidade as obras e projetos de Roriz, tendo eleito José Roberto Arruda, antigo aliado de Roriz, tendo dado início as obras do corredor verde próximo a Águas Claras, Estádio Mané Garrincha dentre outras para que Brasília recebesse a copa do mundo.

2010 – Agnelo Queiroz, assume o comando da capital tendo como principal meta a construção do Estádio Mané Garrincha, creches, implantação do Veículo Leve sobre Pneus e, segundo o atual Governador Rollemberg, o ex –governador, deixou uma dívida bilionária para a atual gestão.

Como pudemos constatar nos últimos anos vemos governadores, apáticos que se escondem atrás de mesas e estudos técnicos, que por muitas vezes não refletem a realidade e os anseios do povo de Brasília, as grandes obras, desenvolvimento econômico e social, estão praticamente extintos.

Hoje vemos milhares de pessoas desempregas, empresas abandonando o Distrito Federal por falta de incentivos fiscais, alvarás de funcionamento e impostos altos. A população sofre com a falta de infraestrutura, saneamento básico, buracos nas ruas e cidades mal cuidadas, saúde e educação se tornaram um caos.

Diariamente novas invasões e crescimento descontrolado acontecem em nossa cidade, mas as ações do governo muitas vezes são tardias e mal planejadas, colocando em risco a vida de famílias que depositaram seus sonhos e recursos na tentativa de ter a casa própria.

Colocando a colherinha no Cafezinho alheio: O que adianta o governo derrubar, desfazer se na verdade teria a obrigação de fiscalizar, reprender e criar formas para que seu povo tenha mais dignidade e a cada dia melhores condições de vida? Reduzir a máquina pública e criar ferramentas para criação de novas oportunidades de emprego para que seja aumentada a renda e a arrecadação de impostos pois o estado deve trabalhar para o povo e não o povo para manter o estado.

Da Redação do Portal ABBP