Por Sandro Gianelli
As últimas ações do governo federal, pela presidente Dilma e sua equipe demonstram que nos últimos 15 dias foi intensificado o relacionamento e a ampliação junto aos adversários e aos aliados de primeiro momento. A estratégia tenta manter unido, o grupo político, que levou o governo ao êxito nas eleições de 2014. Tudo isso só foi possível adotando clareza e transparência nas informações através da comunicação do governo.
Dilma errou nos últimos 7 meses, quando não apareceu em público, não concedeu entrevistas e focou o diálogo interno num pequeno grupo de ministros. Mas nos últimos 15 dias a presidente começou a fazer reuniões na tentativa de reverter a crise. Vale lembrar que a crise tem se intensificado por conta das ações do próprio governo.
O governo precisa se relacionar, rir e chorar juntos, compartilhar ações positivas e negativas para se envolver com os membros do governo e a base. Esse afastamento da presidente Dilma, a afastou dos deputados, senadores, ministros, imprensa e da própria população.
Esse distanciamento, agravou a crise, e atrapalha o principal objetivo do governo, neste momento, que é reverter a crise e se aproximar da base governista e da população.
O maior problema é que esse afastamento gerou uma aprovação de apenas 8% para a presidente Dilma. O que atrapalha muito o governo. Se essas ações de comunicação, baseadas num planejamento de marketing, estivessem sido praticadas ainda em janeiro, talvez a crise política instalada fosse menor e consecutivamente a rejeição do governo poderia ser diferente.
Diferente do presidente Lula, que tinha o poder de envolver tanto os governistas, quanto os opositores, Dilma ainda não encontrou essa fórmula. Quem quer se relacionar não se blinda, não se esconde, não se ausenta, pois não existe espaço vago na política.
Vale lembrar que o relacionamento é a chave do sucesso de qualquer político.
Da Redação do Portal ABBP
